Livros enriquecem Bom Jesus 10.12.2011
No encerramento das comemorações dos 200 anos da conclusão do Santuário do Bom Jesus do Monte ficou o elogio à obra que tem vindo a ser levada a cabo pela Confraria e também a todos aqueles que têm ajudado a divulgar esta “pérola” localizada num recanto do Minho.
As palavras são do arcebispo primaz que ontem presidiu à apresentação de dois livros sobre o Bom Jesus do Monte e à inauguração de uma exposição de fotografia, iniciativas que representaram o culminar de um ano marcante para esta estância em termos de projecção nacional e internacional.
‘Bom Jesus do Monte’, de José Carlos Gonçalves Peixoto, e ‘Festim dos Sentidos, o Barroco do Bom Jesus de Braga’, com textos do mesmo autor e fotografias de Miguel Louro, são as obras que agora enriquecem “o santuário mais perfeito realizado pelo cristianismo e o mais majestoso sacro monte construído na Europa” — as palavras são de José Carlos G. Peixoto e foram proferidas no decorrer da sessão.
Na apresentação das obras, o autor referiu que elas representam a materialização do desafio que lhe foi lançado em 2001, quando D. Jorge Ortiga o convidou a integrar os órgãos sociais da Confraria do Bom Jesus do Monte.
“Estes livros são uma homenagem a todos aqueles que, ao serviço da Confraria, mantiveram o culto ancestral da Santa Cruz, preservaram e engrandeceram o património natural e construído, conservaram toda a carga iconográfica de colina sagrada, permitiram uma harmonia polivalente entre o religioso, o turístico, o ambiental e o conjunto arquitectónico e monumental”, realçou o auto r na apresentação dos livros.
A aguardar estatuto de utilidade pública As obras foram apresentadas por Francisco Carvalho Guerra, professor catedrático em Bioquímica da Universidade do Porto, que recordou que o Bom Jesus aguarda desde 2001 que o Conselho de Ministros declare a sua utilidade pública.
João Varanda fez balanço positivo do ano. O presidente da Confraria, João Varanda, fez um breve balanço do extenso trabalho desenvolvido ao longo deste anos, realçando que o ponto alto foi o Congresso Luso-Brasileiro do Barroco. Destacou ainda a acção de cerca de mil voluntários que têm trabalhado na reabilitação da mata do Bom Jesus promovendo o controlo de infestantes, concretamente mimosas, e plantando árvores. Só carvalhos foram plantados cerca de 700. “Esta acção ambiental tem contado com o apoio da Quercus, do Regimento de Cavalaria 6 e do centro de Santo Adrião”, referiu, convidando outras instituições a seguirem-lhes o exemplo.
Além de um agradecimento especial aos funcionários da confraria pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, João Varanda lembrou que o processo de candidatura do Bom Jesus do Monte vai ser demorado, mas é objectivo da Confraria levá-lo até ao fim. Os livros que ontem foram apresentados são mais dois contributos para essa caminhada.
A par da apresentação dos dois livros sobre o Bom Jesus do Monte, a cerimónia de ontem ficou também marcada pela inauguração de uma exposição de fotografias da autoria do médico Miguel Louro, no Centro de Exposições Cónego Cândido Pedrosa, no Bom Jesus (por cima da Casa das Estampas).
in "Correio do Minho" 10-12-2012
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