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Platinotipias Janelas prá Cidade |
Exposição individual Platinotipias Janelas prá Cidade
2019 - Exposição de Fotografia
Fotografia de: Miguel Louro
Curadoria: Adriana Henriques
Patente desde 29 de junho de 2019
Local: Ordem dos Médicos do Porto.
A fotografia é uma janela aberta para o mundo e, em conformidade, para uma cidade. No caso vertente sobre a vetusta «Bracara Augusta». Como todas as cidades, Braga é um complexo de construções vivas, com natureza e pessoas, é, sempre, uma tapeçaria inacabada. Miguel Louro convida-nos a entrar nessa cidade, recorrendo ao analógico nas panorâmicas a preto e branco. De sítios lendários e com memória, como o Bom Jesus do Monte, apresenta-nos a urbe que viu nascer e desenvolver esses locais ímpares e dominadores na história, na arte, no património, na monumentalidade, no ambiente, na espiritualidade. Miguel Louro gosta da humanidade. Correu mundo em busca dela. Percorreu um longo caminho para aqui chegar, entre descobertas e encontros com outras civilizações. O encantamento e a paixão pela fotografia, fundamentam a sua arte, uma arte com vida. A sua obra merece uma reflexão ontológica, uma reflexão sobre um longo caminho, percorrido entre emoções, dando muita atenção ao antropológico, como soma de diferentes culturas, concentradas neste mundo em que vivemos e, particularmente, na terra dos nossos projetos. A sua obra não é neutra, há valores e princípios que estão presentes em toda a sua obra: o humanismo, a multiculturalidade, o homem como centro do universo, os objetos e as coisas ao serviço do homem. De entre uma multiplicidade de leituras da sua obra, há pormenores que sobressaem, sobretudo, um poder comunicativo, uma linguagem poética, um imenso manto de poesia visual, um meio de transporte para outros mundos, um permanente apelo à totalidade dos sentidos e à absoluta concentração do observador diante da sua arte. Miguel Louro coloca o «poema» diante de uma câmara, de um olhar, num «duelo» fotográfico que ecoa e faz caminho. As fotografias «são o que são, mas também o que parecem». O fotógrafo é um «pensador eternamente insatisfeito», que vive de «atos solipsistas», que «pensa as coisas» sem pensar necessariamente «sobre as coisas». Com a fotografia vem a mensagem, vem o imediatismo da imagem. Com a imagem vem o silêncio, as emoções, a ânsia das palavras, a sedução pela luz. Por tudo isto, Miguel Louro descobriu a Magia da Fotografia e, sobretudo, a porta secreta para entrar dentro dela. Miguel Louro deixa-nos memórias, que fizeram história e que se transformarão em património.
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