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Sameiro
19ª exposição individual
SAMEIRO

2005 - Em 28 de Maio foi aberta a exposição “Sameiro”, na Casa de Exposições da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro, conjunto de 80 fotografias a sépia, que fazem parte do livro editado com o mesmo nome, o qual se inscreveu nos atos celebratórios e comemorativos do centenário da Coroação de Nossa Senhora do Sameiro, livro este que começou a ser pensado e fotografado em 2003 e que terminou em Dezembro de 2004, para poder reunir os momentos mais significativos da história do Santuário Mariano, um dos quais a entrega da Rosa de Ouro ao Santuário Bracarense, a 8 de Dezembro, por ordem de Sua Santidade o Papa João Paulo II.

O livro Sameiro integra um conjunto de 500 fotografias e contém textos reflexivos da autoria do Professor Doutor Aurélio de Oliveira, do escritor Mário Dias Ramos e do professor José Hermínio da Costa Machado, para além do prefácio que é assinado por Monsenhor Cónego Eduardo Melo Peixoto. Este livro foi apresentado pelo senhor Professor Doutor José Marques em termos que o consideraram um documento reflexivo e contemplativo, motivador de turistas e de peregrinos, revelador de cantos e encantos não só do santuário e dos espaços circundantes, mas sobretudo da imagem de Nossa Senhora. As fotografias ficarão como testemunho de realidades que já foram, de espaços e recantos que são e de pormenores que vão passar, em breve, para o imaginário do lugar. Captar em imagens e através de pequenos textos reflexivos o “corpo e a alma de um santuário” tal foi o objetivo dos autores, sendo que a alma, neste caso e neste género de trabalhos, está nesse processo virtual de encontro que resulta de um intensivo cruzamento de imagens: as reais, as fotografadas e as verbalizadas pelo sujeito visitante. Durante a cerimónia de apresentação do livro e de abertura da exposição de fotografias, ocorreu uma aplaudida e surpreendente intervenção musical do Dueto Contracello, formado pelos músicos Miguel Rocha, em violoncelo, e Adriano Aguiar, em contrabaixo, os quais interpretaram a obra “Granito” de Carlos Azevedo (1964), escrita propositadamente para eles, e dois andamentos da obra “Duetto (1824)” de Gioacchino Rossini (1792-1868).

“O fotógrafo Miguel Louro realiza com este trabalho - um desafio apresentado aos bracarenses interessados e dedicados à fotografia - uma viagem por aspetos e dimensões do santuário que surpreenderão muitos dos seus mais assíduos frequentadores. Neste seu trabalho, o enquadramento e os ângulos de visão vão ao encontro da procura e da vivência religiosas, mas satisfazem também a avidez pela natureza, pela procura do equilíbrio paisagístico, colmatam a curiosidade dos estudiosos dos fenómenos religiosos e dos lugares de peregrinação. Os aspetos mais íntimos e mais interiores e as dimensões festivas e hospitaleiras estão também presentes neste trabalho. Fotografar foi um trabalho de explorar as funções cognitivas e emocionais das relações de proximidade com a Mãe, com a Senhora do Sameiro, a razão de ser última e primeira de todo este investimento da arte da luz” - escrevi para o press-release de promoção da iniciativa na comunicação social.

O livro abre com as palavras de Monsenhor Cónego Doutor Eduardo Melo Peixoto:
“As grandes obras têm as marcas da fé e do amor. O mesmo se verifica no campo da arte fotográfica, já que a fé é a objetiva que fixa a realidade, e o amor; além do mais, é a persistência na procura da melhor realidade.
Todo o artista, técnico ou amante da fotografia, percorre longos caminhos e por vezes penosos, à descoberta da mais apetecível riqueza.

Por experiência própria e pelo que se vê no dia a dia, o religioso é realidade desejada e procurada pelos mais apaixonados e melhores artistas: quanta beleza e arte retratando o passado e o presente - e servindo de modelo para o futuro - nos oferecem os técnicos e cultivadores de fotografia nas belíssimas e abundantes obras que temos entre, nós!
A natureza no seu todo de beleza e arte, os agentes do religioso nas variadíssimas ações e os bafejados pelo sobrenatural, todos colaboram nas extraordinárias obras que visualizamos... Acrescem ainda textos escritos e cujos autores vivem a fé ou sendo amantes e defensores da Verdade, as procuram na peregrinação e na arte.

O Sameiro, na sua alma - a Virgem Imaculada, - na sua natureza e no construído pelo homem, é chamamento constante ao artista. Fiel, devoto e já consagrado artista - o ilustre médico bracarense Dr. Miguel Louro - com muitas provas dadas, manifesta-se nesta obra procurada e realizada com muito carinho. A Confraria agradece-lhe o valioso contributo neste Centenário da Coroação de Nossa Senhora do Sameiro e que, ora entregamos ao coração dos que fervorosamente amam Nossa Senhora do Sameiro.”
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